Conversei dias desses com uma amiga que também é mãe de cinco filhos lindos. Ela me relatou que tem grande dificuldade em combinar roupas e acaba escolhendo o que as vendedoras lhe empurram ou o que vê nos manequins, prontos, como sugestão.
Bem, cair em conversa de vendedora é muito comum, até porque um palpite dela uma vez ou outra ajuda, desde a potencial compradora tenha discernimento correto. A sugestão de roupas montada pela loja que está em um manequim (o “look completo”) é muito boa, mas há o risco de a pessoa chegar em casa e aquele conjunto não combinar com nada, só com ele mesmo. Nem sempre um look completo que fica bem em um veste bem o outro.
Um guarda-roupa deve ser inteligente. Aqui vão umas dicas pra quem não tem tempo, dinheiro e nem disposição para montar looks eficientes:
1º Guarda-roupa organizado.
Na bagunça fica impossível ser prática. Se somar o tempo que se leva procurando uma roupa todos os dias durante a semana é o dobro do tempo que se leva organizando o armário.
2º Descarte o que não usa mais.
Eu uso a máxima de que se não usei no ano anterior nenhuma vez é porque não usarei mais. Salvo caso de gestação, cirurgia e outros casos que impediram o uso daquela roupa naquela época.
3º Comprou roupa nova e o armário está muito cheio e não cabe todas suas roupas? Está na hora de doar.
Pra que vinte calças jeans? Cinquenta pares de sapatos? E muitos deles iguais! Será que não é demais? Não cabe? Ainda que não estejam acabadas as roupas é hora de se desfazer de algumas. Sem apegos.
4º Eleja três cores que combinem entre si e que fiquem muito bem em você.
A partir dessas é que você poderá comprar peças básicas para usar, que combinarão com as outras, mais fashionistas ou ousadas e coordenar com acessórios. A base precisa ser montada antes do que apenas é um plus. E essa base parte das cores que você descobriu mais combinarem com o seu estilo, com a sua pele etc.
Exemplo: elejo marrom, bege e creme. Tenho 5 blusas com essas tonalidades, básicas sem estampas, três calças, duas saias e dois casacos. Pensa quantos looks dá pra compor? Aí é só investir nos acessórios. E mesmo outras roupas mais “da moda” vão coordenar com o básico.
5° Fuja de estampas.
Bem, não é para fugir SEMPRE. Mas se você não tem dinheiro nem tempo de ficar procurando algo estampado que realmente deixe seu visual bonito, é melhor, ao menos por ora, deixar isso de lado.
Foque na estampa, nesse momento, apenas pra acessórios, echarpes, bijus, tiaras e etc. Além de dar um glamour no visual, é muito mais barato que uma roupa. Ademais, dá para trocar toda hora.
6° É bom, também, ter uma peça com uma cor diferente das três eleitas mas que combine com todas para uma vez ou outra compor um visual diferente.
7° O seu melhor amigo é sempre o bom-senso e o espelho. Um olhar crítico e aguçado ajuda qualquer um.
8º Moda existe pra dar uma tendência e não nos escravizar.
Aquilo que é ditado contra nossos costumes, contra a moral, a modéstia e que nos fica feio devemos fugir.
9º Vista-se sempre de acordo com sua idade.
Assim como é ridículo uma senhora usando roupas de mocinha é horrível uma guria de quinze anos usando maquiagem pesada e saltão 15 (ou assaltando o closet da bisavó para compor todo o seu visual).
10° Tenha uma postura alegre, confiante e sempre elegante.
Lembre-se que o seu exterior será o reflexo do interior e que você pode até estar vestida de Dolce & Gabanna: se não souber se portar, notarão mais em você o desleixo do que a grife ou a roupa bonita.
Recorde as grandes divas e seus famosos pretinhos básicos. Elas não precisavam nada mais do que isso e sua presença iluminada.
Blusão de lã cor de rosa. Tem coisa mais feminina e que defenda do frio? Com ele, uso uma segunda pele, um calça de montaria e par de botas também de montaria, tudo preto! E me fui passar a tarde com a família estância.
Não é novidade para ninguém que sou uma autêntica "rural woman". Gaúcha não só por nascer no Rio Grande do Sul e ser de tradicional família de Piratini, a primeira capital farroupilha, como por me identificar completamente com a cultura pampeana do RS, da Argentina e do Uruguai, o que inclui a vestimenta, não apenas tomar mate e comer churrasco, como ir a campo, ter uma estância, andar a cavalo, conhecer um pouco de técnica agropecuária e estar imersa no mundo rural.
Ontem tive audiência judicial no Fórum de Piratini, de um cliente de Curitiba. Advogo, mas escolho as causas para não comprometer minha vocação primária, que é ser esposa, mãe e dona de casa. 
